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Os primeiros habitantes do Maranhão 1. Os povos indígenas do Maranhão 2. As terras indígenas 3. Os povos indígenas no passado 4. Os primeiros contatos


Os primeiros habitantes do Maranhão

1. Os povos indígenas do Maranhão
2. As terras indígenas
3. Os povos indígenas no passado
4. Os primeiros contatos

A Fundação Nacional do Índio (Funai) é um órgão do governo que cuida dos interesses dos povos indígenas no Brasil. de acordo com pesquisas realizadas por profissionais da Funai, atualmente vivem no Maranhão  18371 indígenas. Eles estão distribuídos entre diferentes povos.

  1. Os povos indígenas do Maranhão

Os Gavião Pykopjê habitam a parte sudoeste do estado do maranhão, no munício de Amarante. Atualmente estão distribuídos em três aldeias e somam uma população de 473 pessoas. A área ao redor das aldeias é frequentemente invadida por não-indígenas. Isso traz muitos problemas para os Pykopjê que, em alguns casos, chegam ao extremo de ter de pedir autorização aos não-indígenas para poder cachar, pescar ou coletar palhas de buriti, com as quais fazem esteiras.

Os Guajá vivem no noroeste do maranhão e praticam a agricultura e a caça. A estrada de Ferro Carajás (EFC), localizada na margem sul da reserva indígena onde habita esse povo, esse povo, atraiu grande número de migrantes, que criaram várias povoações ao longo  da ferrovia. É comum es­ses migrantes invadirem as terras indígenas, provocando assim muitos conflitos nesta região.
A construção da Estrada de Ferro Carajás, nas proximidades das terras dos Guajá, colaborou para que não-indígenas começassem a invadir as terras dos indígenas, o que tem provocado muito conflitos na área.

Os  Guajajara vivem no centro do maranhão, nas regiões dos rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Zutiua. Sua principal atividade é a lavoura. Costumam plantar mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim), milho, arroz, abóbora, melancia, feijão, fava, inhame, cará, gergelim e amendoim. Algumas aldeias tem grandes roças comunitárias, onde cultivam arroz  e frutas para a comercialização.
(Aideia Zutiua, localizada no centro do Maranhão, entre as cidades de Grajaú e Arame.)

Os Urubu-Kaapor vivem no norte do Maranhão. Sua principal atividade é a agricultura, com destaque para o cultivo da mandioca. Também praticam a caça, a coleta de frutos e a pesca.
Existem varias pessoas com problemas de audição entre os Urubu-Kaapor, o que levou os integrantes desse povo a desenvolver uma língua de sinais.

Os Canela vivem no município de Fernando Falcao. Cultivam principalmente mandioca, arroz, feijão, banana, laranja, manga, melancia, abacaxi, mamão, tabaco e cana-de-açúcar.
Desde 1977, contam com uma escola em suas terras.
Uma de suas tradições é a corrida de toras, com a participação de homens e mulheres considerados velozes no grupo.

 Os Krikati vivem em terras localizadas nos municípios de Montes Altos e Sítio Novo. Esse povo teve o direito garantido sobre suas terras em 2004, após uma luta que durou trinta anos. Atualmente eles se preocupam com a recuperação dos recursos naturais
da região. Ainda hoje a caça e a pesca clandestinas são  frequentes, e esse assunto é debatido em reuniões realizadas no pátio da aldeia.

 Os Tembé vivem na margem direita do Rio Gurupi, onde há boas condições tanto para o plantio quanto para a prática da pesca e da caça. Também criam porcos e galinhas para comercialização, constroem canoas sob encomenda e produzem artefatos para o próprio uso ou para serem vendidos. A principal luta dos Tembe tem sido em defesa de seu território, invadido por posseiros, madeireiros, fazendeiros, mineradoras e outras empresas.
 (posseiros- pessoas que ocupam terras abandonadas.)

  1. As terras indígenas

A Constituição brasileira garante aos povos indígenas o direito às terras tradicional e habitadas por eles. Para garantir esse direito, é realizado um processo chamado regularização. Veja como isso ocorre:
  1. São feitos vários estudos para identificar a área indígena. Observam-se o quadro natural do local, o povo indígena que habita o lugar e se há não-indígenas morando na região.
  2. Com base nos resultados desses estudos, a terra pode ser declarada terra indígena. Caso isso aconteça, a área que pertence aos indígenas e medida e demarcada.
  3. Então o presidente da República homologa o resultado, ou seja, confirma por meio de uma lei que aquele lugar pertence a determinado grupo indígena.
  4. Depois a terra é registrada em cartório, passando a ser uma terra indígena regularizada.
 Infelizmente esse processo  muitas vezes é demorado, o que leva  os povos indígenas a ser ameaçado por pessoas interessadas em explorar suas terras.

  1. Os povos indígenas no passado
Até o século XV, havia uma grande diversidade de povos indígenas habitando as terras onde hoje está localizado o Brasil. eram eles, de fato, os verdadeiros donos dessas terras.
Não é possível saber qual o número exato de indígenas que, no século XV, habitavam a área que corresponde ao atual território brasileiro. Calcula-se que eram mais de 5 milhões de pessoas.
Os indígenas na o dominavam a escrita. Sua historia, suas crenças, seus costumes, seus conhecimentos sobre a natureza, tudo que se referia a eles, enfim, era transmito oralmente e também por meio de festas e celebrações. Muito do que sabemos sobre esses povos não foi escrito por eles. São imagens e registros deixados pelos europeus.
Os povos indígenas falavam línguas diferentes. Cada povo tinha sua própria cultura, crença e maneira de se organizar.
Em geral sabemos que os nativos viviam nus, usando apenas enfeites feitos com materiais retirados diretamente da natureza sobre o corpo.
Da floresta obtinham frutos, raízes e caca; dos rios, peixes para se alimentar. Também cultivavam  principalmente mandioca, muito utilizada em sua dieta diária. Tomavam banhos em rios ou igarapés.
também era da floresta que retiravam o material necessário para fabricar tudo o de que precisavam para a vida em comunidade: habitações, canoas, redes, cestos, panelas, objetos de cerâmica, arcos, flechas.
Ninguém era dono da terra, e dela os nativos conseguiam o necessário a sobrevivência do grupo.
Alguns povos eram nômades, ou seja, mudavam de um lugar para outro, alimentando-se de peixes, caça, raízes e frutas.
As tarefas da comunidade eram divididas entre homens e mulheres. Geralmente as mulheres eram responsáveis pela comida, pelo cuidado com as crianças, por certas etapas do trabalho de cultivo (como o plantio e a colheita) e pela fabricação de utensílios de cerâmica. Os homens caçavam, pescavam, derrubavam árvores e preparavam a terra para o plantio.
Alguns povos eram inimigos e guerreavam entre si.
 (igarapés- riachos que nascem na mata e deságuam no rio.)


4., Os primeiros contatos

Foi no século XV que ocorreram os primeiros contatos desses povos indígenas com europeus.
 Por ordem do rei de Portugal Dom Joao III, Martim Afonso de Souza fundou a primeira vila em 1532, nas que hoje formam o Brasil. Esse contato entre Portugueses e indígenas é tema da obra Fundação de são Vicente, pintada por Benedito Calixto em 1900.
 Os povos europeus, especialmente os Portugueses e os espanhóis, começaram a realizar grandes viagens marítimas explorando mares nunca antes navegados.
Um dos motivos dessas viagens era a atividade comercial do período. Na Europa do século XV eram muito apreciadas e valiosas as mercadorias adquiridas na atual Ásia, nada na época de índias Orientais. Esses europeus viajavam em busca de tecidos finos, porcelanas, perfumes, tapetes e outras mercadorias. Ainda tinham grande Interesse em especiarias, nome dado aos temperos como  cravo, noz-moscada, gengibre, canela, pimenta, que eram usados para conservar e dar mais sabor aos alimentos.
Especiarias como cravo, canela, noz-moscada e diferentes tipos de pimenta eram muito usadas na época para conservar e dar mais sabor aos alimentos. Por serem raras na Europa, seu valor era alto.
Essas mercadorias eram transportadas para a Europa em grandes embarcações. O negócio era muito lucrativo para os comerciantes europeus, pois eles vendiam produtos a preços elevados, pagos com moedas de ouro e prata.
Como os comerciantes da península itálica acabaram dominando as rotas comerciais do Mar Mediterrâneo e também os caminhos terrestres que conduziam ao Oriente, os Portugueses e os espanhóis, que tinham interesse no comércio de especiarias tiveram de fazer viagens exploratórias em busca de outra rota para as Índias pelo Mar Tenebroso, nome dado ao Oceano Atlântico naquele tempo.
Em 1492, navegadores espanhóis chegaram pela primeira vez a ilhas da atual  América Central. Eles pensaram que haviam chegado às Índias. Por isso chamaram os habitantes daquele lugar de índios. Daí a origem do nome dado pelos europeus aos nativos da América.
Os europeus tomavam posse das terras na América, as quais se tornavam colônias, ou seja, eram ocupadas por colonos, que obedeciam às ordens do rei de seu país. O país responsável pela conquista das novas terras era chamado de metrópole ou país colonizador.
Portugal e Espanha, que eram as duas potências desse período, logo passaram a disputar a posse das terras encontradas.
Essa questão foi resolvida com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494, na cidade espanhola de mesmo nome. Por esse acordo a América foi dividida, ficando a e Espanha com as terras a oeste da linha traçada, o Meridiano de Tordesilhas, com as terras a leste dessa linha.
Em alguns casos, o contato entre os europeus e os povos indígenas foi amigável. No anto, muitas vezes houve conflitos e até mesmo guerras. Muitos indígenas tiveram suas terras invadidas e foram forçados a trabalhar para os colonos, o que gerou vários confrontos. Além disso, os europeus trouxeram doenças desconhecidas dos povos indígenas, como gripe e pneumonia, contra as quais eles não tinham defesa. Povos Inteiros foram exterminados por causa dessas doenças.
A verdade é que, ao longo do tempo, a população indígena foi bastante reduzida. Naquela época eram mais de 5 milhões de indivíduos. Hoje, somam pouco mais de 300 mil, segundo a Funai. Nesse processo, alguns povos foram extintos e muitas línguas desapareceram.
 Atualmente existem no Brasil apenas 180 línguas das cerca de 1 000 que existiam anteriormente. Mas se é verdade que, no contato com outros povos, muita coisa na forma de viver dos indígenas, também é fato que muitas tradições se preservam.

O nome Maranhão também e de origem indígena e significa "o mar corrente".
Outra herança indígena muito marcante em nossa cultura é o consumo de alimentos como a mandioca, saboreada de diferentes maneiras e utilizada como ingrediente na receita de muitos pratos brasileiros.
 (Tratado de Tordesilhas – Acordo feito, em 1494, entre Portugal e Espanha para dividir as novas conquistas por esses países durante as grandes viagens marítimas. O Tratado de Tordesilhas estabelecia uma linha divisória imaginaria. As terras localizadas a leste dessa linha pertenciam a Portugal e as terras a oeste seriam da Espanha.)
Referencia:
 Sampaio, Francisco Coelho,
história do Maranhão,5º ano; Ensino fundamental/1. ed.
 – São Paulo: Scipione, 2008. 

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